sexta-feira, 22 de abril de 2016

O médico deve se conectar ao paciente

A prática médica tem sofrido muitas mudanças na sua dinâmica. Impactando a relação do médico e o paciente e trazendo dificuldades para os dois lados desse relacionamento.
      Experimentos do departamento de psicologia de Harvard, em conjunto com outras universidades, comprovaram que nosso cérebro, embora admita que devamos obedecer às orientações superiores, tem um sistema neural que encara o controle agressivo como ameaça, prejudicando nossas motivações e inibindo nossas ações.      
      Em um dos experimentos, os participantes ouviram diálogos gravados entre médicos e pacientes, com o objetivo de indicar qual dos médicos poderia ser responsável por um eventual diagnóstico errado. Os médicos com entonação mais forte e autoritária receberam mais votos de desconfiança, já aqueles de tom mais suave e amigável eram aprovados. Outras pesquisas comprovaram que pacientes não confiam em médicos com os quais não se conectam subjetivamente, culpando-os por eventuais recaídas de saúde. Ou seja, para que haja engajamento, o sistema neural deve adquirir emoções de conexão e otimismo enquanto ouve as ordens do líder, em vez de sentir distância, ameaça ou agressividade.
      A busca pelo maior envolvimento entre médico e paciente também trouxe à luz o debate sobre a importância do humanismo na prática médica, colocando em foco e em análise a comunicação para gerar um atendimento e relacionamento de qualidade. A relação do médico e do paciente é uma interação que envolve confiança e responsabilidade. Sem essa interação verdadeira, não existe medicina.

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