A prática médica tem sofrido muitas
mudanças na sua dinâmica. Impactando a relação do médico e o paciente e
trazendo dificuldades para os dois lados desse relacionamento.
Experimentos do departamento
de psicologia de Harvard, em conjunto com outras universidades, comprovaram que
nosso cérebro, embora admita que devamos obedecer às orientações superiores, tem
um sistema neural que encara o controle agressivo como ameaça, prejudicando
nossas motivações e inibindo nossas ações.
Em um dos experimentos, os
participantes ouviram diálogos gravados entre médicos e pacientes, com o
objetivo de indicar qual dos médicos poderia ser responsável por um eventual
diagnóstico errado. Os médicos com entonação mais forte e autoritária
receberam mais votos de desconfiança, já aqueles de tom mais suave e
amigável eram aprovados. Outras pesquisas comprovaram que pacientes não
confiam em médicos com os quais não se conectam subjetivamente,
culpando-os por eventuais recaídas de saúde. Ou seja, para que haja
engajamento, o sistema neural deve adquirir emoções de conexão e otimismo
enquanto ouve as ordens do líder, em vez de sentir distância, ameaça ou
agressividade.
A busca pelo maior
envolvimento entre médico e paciente também trouxe à luz o debate sobre a
importância do humanismo na prática médica, colocando em foco e em análise a
comunicação para gerar um atendimento e relacionamento de qualidade. A relação
do médico e do paciente é uma interação que envolve confiança e
responsabilidade. Sem essa interação verdadeira, não existe medicina.
FONTES:
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