Ao analisar diversas biografias pesquisadora
diz que grandes personalidades tinham comportamentos associados com transtornos
mentais diagnosticados hoje em dia.
Claudia
Kalb, autora de “Andy Warhol was a
hoarder” (Andy
Warhol era um acumulador), examinou biografias, autobiografias, cartas, diários e relatórios
médicos em busca de informações sobre 12 indivíduos extraordinários. Descobriu
que todos tinham comportamentos associados com doenças mentais diagnosticadas
na atualidade.
De
acordo com a pesquisadora, Charles Darwin, por exemplo, ficou muito estressado com o trabalho que fez
para "A Origem das Espécies".
Com isso, além dos sintomas físicos, como mal estar, vertigem, enjôo, dores de cabeça,
alteração de visão, entre outros, isso teve um peso e, de fato, ele começou a
se sentir melhor depois de publicar a obra. O biólogo registrou mais de 400
cartas em que fala sobre sua saúde, tendo inclusive um diário no qual
registrava minuciosamente como se sentia. Se o biólogo estivesse vivo
hoje, ele seria, provavelmente, diagnosticado com um transtorno de ansiedade.
Diagnosticar uma pessoa morta não é uma
ciência exata, mas Darwin deixou tantas informações sobre como se percebia
fisicamente que vários especialistas se aventuraram em fazer isso, chegando a
conclusões que vão desde a intolerância a lactose até problemas no
funcionamento do sistema nervoso autônomo. Porém, ainda de acordo com Kalb, uma
regra entre psiquiatras é não diagnosticar ou discutir pacientes que não tenham
estado no consultório. Mas, em alguns casos, como de figuras muito conhecidas,
isso ajuda a entender seu comportamento.
Abraham Lincoln, o 16º presidente dos
Estados Unidos, também foi foco de análises e debates sobre uma possível
depressão. De acordo com relatos de pessoas que o conheciam, ele aparentava
profunda tristeza. Ele dizia que o trabalho lhe matinha ocupado e que o humor
era sua válvula de escape, até mesmo para suportar a morte de seus filhos. Lincoln realizou tantas coisas, explica Kalb,
que se tornou um exemplo de que a depressão não define uma pessoa por completo:
é possível alcançar muitas coisas maravilhosas ao se encontrar uma forma de
lidar com ela e de se distrair da escuridão. E isso, segundo a escritora, foi
uma das sensações que ficaram com ela após terminar seu livro: uma grande
admiração pelos personagens que investigou, pelo fato de terem chegado tão
longe apesar da carga emocional que levavam em seus ombros.
FONTES
Portal G1
Portal G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário